Foto: Marcelo Vidal/CearáSC.com

O futebol vai bem além das quatro linhas do gramado. São diversas áreas a serem trabalhadas e entendidas. Uma dessas áreas é o Departamento Médico de uma equipe profissional, setor esse que também tem outras funções, além das que são comumente comentadas e já conhecidas. 

Hoje, com o advento de tecnologias em todas as áreas, os médicos do desporto têm a oportunidade estudar a fundo tudo o que existe em uma lesão. Desde o motivo fisiológico até a forma como ela pode ser tratada de forma mais eficaz.

No Ceará Sporting Club, uma parceria entre os departamentos médico, de fisioterapia e, também, o de fisiologia, proporciona que os nossos atletas sejam submetidos a estudo detalhado que mapeia as condições físicas, identificando, inclusive, para quais lesões eles possuem ou não maior propensão.

“Nossa prevenção começa ainda na pré-temporada. Nós realizamos testes preditores de lesões. Escolhemos treze testes que têm a capacidade de prever se cada indivíduo tem mais ou menos chances de ter determinada lesão. Nosso trabalho no Departamento Médico é também, de análise de risco. Fazemos um trabalho específico para cada atleta”, esclareceu o Dr. Rodrigo Oliveira, fisioterapeuta do Ceará. 

E, como não poderia ser diferente, os resultados já estão sendo observados. A excelência que é buscada nos trabalhos faz com que, ao compararmos com períodos anteriores, possamos enxergar claramente como existe evolução.

Até março de 2018, o Ceará teve um total de nove atletas acometidos por lesões musculares. Já em 2019, após este trabalho de prevenção realizado ainda na pré-temporada, este número caiu para dois. Uma diminuição de quase 80%.

 
Além de trazer para os atletas maiores condições de desenvolverem trabalhos físicos, isso traz à comissão técnica o máximo de opções em praticamente todos os momentos. Em quase seis meses de trabalho no ano de 2019, a CT do Vovô teve à disposição pelo menos 88% do elenco em todos os períodos de trabalho, número esse extremamente significativo. 

Se comparado aos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, o Mais Querido está entre os times que menos sofreram com lesões. Até o meio do mês de maio, éramos o quinto time com menos lesões dentre os vinte que disputam a elite nacional.

  Ainda traçando comparações com outras equipes, estamos em praticamente pé de igualdade quando se trata de materiais utilizados. “Hoje, assim como em outros times, utilizamos equipamentos como termografia, processo que consegue prever lesões musculares, medir dosagem de CK (creatine kinase) nos tecidos musculares, e, após o meio do ano, vamos ter o ultrassom dentro do clube. Com tudo isso, vamos ter condições de mensurar praticamente tudo em uma possível lesão. Talvez ainda não estejamos em igualdade no quesito tamanho de estrutura, mas em condições de trabalho, estamos buscando, sim”, afirmou o Dr. Henrique Bastos, chefe do DM do clube.